Comissão Julgadora Escolar seleciona textos para Olimpíadas de Língua Portuguesa


A Olimpíada de Língua Portuguesa “Escrevendo o Futuro” é uma iniciativa do Ministério da Educação (MEC) e visa envolver professores e alunos em um processo de formação e aprendizado da língua, despertando o interesse e o prazer pela leitura e escrita.

Um dos momentos mais importantes é a seleção de textos que irão representar a escola nas próximas etapas. Seguindo o cronograma de atividades do concurso, a EMEF “Eloy Miranda” formou uma comissão julgadora escolar que selecionou e elegeu os textos que irão representar a escola na seleção municipal.

Os textos selecionados foram enviados para Comissão Julgadora Municipal, sendo:

Poema: “Fundão Minha Terra Querida” escrito pela aluna Renata Carrafa Borges Mariano da 5ª III, orientada pela professora Gláucia Scopel Pianca Rezende.


Fundão minha terra querida
que sempre tem alegria
e que é tão bonita
e para todos digo sorria.

Em Fundão
sempre quero morar
porque lá tem muita
criança boa de se brincar.

Fundão tem escolas limpas
e professores inteligentes
e no Dia dos Professores
vou dar muitos presentes.

Fundão tem bastante
loja para gente comprar
a Toninho, Fascínios, Chamego e Diferenza
que nem sei por onde começar.

Fundão tem muitas igrejas
e muitos pastores
Batista, Assembleia e Presbiteriana
que fico em dúvida em qual vou.

Fundão tem várias farmácias
São José, Fundão e Real
lá posso comprar meus remédios
e rapidinho deixo de passar mal.

Eu sou Renata
e sou fundoense de coração
e sempre vou morar aqui
com minha mãe, meu pai e meu irmão.


Memória literária: “As Mesmas Águas” escrita pelo aluno Franklin Mota Yakel da 7ª I, orientado pela professora Márcia Maria Pirchiner.


Lembro-me muito bem de minha infância vivida... e das minhas memórias varridas para um canto do meu pensamento e coração. Minha infância não foi lá essas coisas, mas como infância é infância... tive meus momentos felizes.

Lembro-me muito bem quando meu pai me levava para apanhar café... eu ia trabalhar, chegava, almoçava e dormia... só era assim. Estudar? Hum! Só quando não era mais época do café... e ainda a mochila era um saco de açúcar onde levava um caderno e um lápis, que nem sempre tinha ponta. Me comportava muito bem na escola, pena que para estudar tinha que andar como de Fundão (minha cidade) a Timbuí, uns 7 Km. Sofria demais.

E ainda, como sou o mais velho, tinha irmãzinha, que juntos andávamos pela estrada de chão, com mata densa dos lados. Hoje nem existe mais mata... só se vê poluição. As matas só vivem ainda na minha memória, que relembro com felicidade da diversão que vivíamos naquela estrada, onde tinha cachorros que saíam correndo em nossa direção para nos morder.

Lembro também quando papai me dava dinheiro, 25 cruzeiros, uma moedinha de 50 centavos hoje em dia... eu ficava muito alegre e ia para a cidade comprar picolé. Ganhava o dia! Ficava muito feliz com aquilo.

Com meus dez anos de idade, meu pai fez uma bola para mim. Isso mesmo, uma bola! Uma raridade. Ela era feita de algo como coco seco, enrolado com um pano. Mas jogava tanto que meu pé ficava todo dolorido... mas eu estava feliz!

Nós tínhamos uma televisão em preto e branco que eu adorava assistir os desenhos animados, aliás, todos os meus vizinhos, como era de costume na época, iam na casa da minha família para assistir programas engraçados e o futebol.

Em dias de chuva... eu ficava observando solitário os pingos de água pura e límpida caindo nas folhas das árvores, bem como o barulho das gotas caindo no meu telhado, criando uma orquestra ritmada na minha mente que pensava nas coisas boas daquele tempo.

Hoje... aquela cidade, que deixou saudades, mudou bastante. Aquela orquestra natural da chuva que caia, acabou virando o barulho dos carros, que eu mais se parece com o zumbido de uma confusão... além da fumaça que faz com que o ar e o céu fiquem poluídos.

Mas eu mesmo digo: nossas vidas são como águas de um rio que correm infinitamente em direção ao mar... podem mudar o rumo, encontrar obstáculos e dificuldades para seguir... mas serão sempre as mesmas águas que correm para um único objetivo... o encontro com o mar.

A vida passa... mas o que vivemos… nossas memórias... estarão sempre dentro de nós.

(Baseado na vida de Fromêncio Yakel, 40 anos – Meus Pai)


Crônica: “Minha Casa, Minha Vida” escrita pela aluna Daniele Martins de Almeida Borçato da 8ª III, orientada pela professora Márcia Maria Pirchiner.

Não sei de onde vim, não sei porque estou aqui, mas estou aqui e isso é o que importa. Minha casa não é uma mansão e muito menos um barraco, ela é simples, como muitas outras na cidade.

Minha casa é longe da escola, um pouco longe da cidade, mas muito perto dos meus amigos, dos meus parentes, das minhas lembranças do passado.

Onde o rio passa por perto, onde ouvimos o som do trem ao longe e onde podemos ver a vegetação a nossa frente... ali é a minha casa, onde comecei a minha vida. Me lembro muito bem de quase tudo o que passei, do que brinquei e o que imaginei aqui.

Uma vez fingi que era uma pirata, fiz meu próprio mapa do tesouro e fiquei procurando por todo o quintal, mas a única coisa que encontrei foi uma barata.

Outra vez já fui carpinteira, cerrando a madeira e pregando pregos em um balcão, mas a única coisa que eu consegui foi deixar meu avô com uma raiva do cão.

Agora eu era fugitiva, fugia da polícia correndo no quarteirão, mas eu realmente fugia era da minha avó vindo com um cinto na mão.

Já lutei contra vários monstros terríveis, já fiz parte de uma embarcação em meio a uma tempestade, já levei meus primos de táxi para a Alemanha, Japão, Grécia e até mesmo a Índia... vendo aqueles animais que a gente não vê no dia a dia.

Minha infância foi normal... cheia de imaginação e brincadeiras e de vez em quando eu fazia algumas besteiras.

Eu sei que penso muito no passado, e acho que agora esta na hora de viver o presente e construir um futuro... é preciso esquecer o passado e seguir em frente... mas sempre que passo pelo morro, olho as árvores, as casas, a rua... e acabo me lembrando que não posso esquecer o que eu era, de onde eu vim e como eu cresci. Aqui é minha casa, minha vida... e graças a Deus, isso nunca vai mudar.

Além dos textos contemplados acima, também merecem destaque os textos selecionados inicialmente, que são os seguintes:

Memória literária: “Saudades... Lembranças: Minhas Memórias” escrita pela aluna Lara Ribeiro Lima da 7ª I, orientada pela professora Márcia Maria Pirchiner.


Bom... vou falar um pouco sobre minhas memórias ou pelo menos a parte que eu lembro delas.

Não são muitas, pois ainda sou jovem e sei pouco da vida.

Lembro-me de quando era pequena e morava em uma casa que era longe do centro da cidade. Gostava muito daquele lugar, daquela rua onde quase não passava carros e tinha vários amigos para brincar. Também tinha um clube onde meu pai trabalhava e eu ficava brincando nos brinquedos... quando não estava lá, estava na rua.

Esse lugar pra mim era muito legal... só que estava começando a ficar perigoso, pois usuários de drogas começaram a rondar por aquelas ruas. Então minha mãe resolveu se mudar.

Eu achei horrível mudar para um lugar onde não tinha amigos para brincar e que eu não poderia sair na rua. Mas com a modernização, comecei a substituir brincadeiras ao ar livre por joguinhos de computador e redes socais.

No começo não gostei dessa mudança, mas depois me acostumei a ficar mais em casa. Com isso tudo, acabei deixando de lado aquelas brincadeiras tão legais que eu passava a tarde toda fazendo. Sem contar amigos que ainda cumprimento quando vejo na rua, mas que não tenho mais a proximidade que tinha antes... quando lembro disso sinto saudades.


Crônica: “Face da Minha Vida” escrita pela aluna Kamilla Barboza da Silva Gomes da 8ª I, orientada pela professora Márcia Maria Pirchiner. 


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Chegando em casa, qual a primeira coisa que fazemos? Corremos pro facebook. Comigo particularmente é assim. Ele é como um confidente, onde posso postar meus sentimentos com uma simples foto ou frase, posso olhar o perfil daquele que me apaixonei, me roendo de ciúmes com comentários de amigas interesseiras. É onde compartilho frases sentimentais, que me tocam. Converso com amigos e tiro print das conversas fail, é onde curto roupas, sapatos, doces, cantores e meus amores. Curto festas, posts engraçados e principalmente meus amigos. Rio da revisão que meu pai faz no meu face...pergunta, gesticula e exclui quem ele não foi com a cara... ele não vai mudar, eu até já sei.

Ah! Também comento fotos com as amigas, fotos engraçadas, feias, bonitas, importantes e sem importância. No face gosto de fazer de tudo um pouco, só acho esquisito o jeito que conversamos... É tipo assim:
  • Eaêee !
  • Fala manolo
  • td e vc ??
  • mas eu não te perguntei nada cara!
  • Força do hábito mané, kkkkkk
  • kkk Blz...
  • vc tem novidades?
  • Nada e vc?
  • Tbm ñ .
  • falou, vou sair !
  • Jaé !
Viu, não passa disso... Fazer o que?!
Então é isso, beijo me curte lá!
Partiu, face !

 

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