Textos da Olimpíada de Língua Portuguesa
MEMÓRIAS DO LUGAR ONDE VIVO”


Texto da Olimpíada de Língua Portuguesa


Senhora, solitária.


Aluna: VICTÓRIA MIRELLA VASCONCELOS PEREIRA.



      A velhice veio sem que eu pudesse evitar, agora com 76 anos de vida, me lembro da época em que precisava de minha aposentadoria e que não a havia conquistado por falta de conhecimento e ajuda.


    Doenças começaram a aparecer precisava de um auxílio e rápido. Sandra Marinho, que para mim é uma amiga, me ajudou a conquistar minha aposentadoria e até hoje sou muito grata a ela. Tenho muitos amigos mas me sinto sozinha cada vez que entro em casa e não tenho ninguém para conversar e me ajudar...a saudade forte de meu filho vem como uma tempestade quando me vejo sozinha em minha simples e escura casa. Quando chove o barulho da água se chocando contra o telhado da casa, contra a terra, contra as árvores...me faz lembrar da juventude...de como tinha companhia, felicidade e saúde plena...pode até ser que na minha idade seja normal a aparição de certas doenças, mas a solidão em que me encontro dói, dói demais.
     Dói também saber que quem você ama, o seu filho, existe, e que talvez nem se preocupe contigo, é duro saber que tem netos ou netas que mesmo próximos não dão o afeto de que você necessita...é triste saber enfrentar essa “dura” realidade. As vezes penso que tenho um azar enorme por não receber o amor que desejo de meus filhos e netos, ai me repreendo e reflito_ tenho amigos maravilhosos que gostam de mim_mas aí bate aquela tristeza que só mãe sabe como é, a tristeza de se sentir esquecida, abandonada, pelo ser que tem seu sangue...mas a vida continua e prefiro ficar com as boas memórias.

(Texto baseado na entrevista feita com a Senhora Nair Souza).

ESCOLA: EMEF “Eloy Miranda”.
Turno: Matutino
PROFESSORA: Márcia Maria Pirchiner.



Texto da Olimpíada de Língua Portuguesa

Portão, gritos e barulho


Aluna: Brunella Couto da Rós


     Em pé no terraço apanhando roupas, vi em minha frente o que parecia um caminhão caindo sobre nossa casa, mas olhando direitinho vi o portão caindo sobre minha nora e meu neto (Isabel e Diogo), foi muito desesperador. Desci correndo as escadas..., meu marido entrou em estado de choque e depois...eu também...porque achava que eles tinham morrido, e não saber onde minha neta e a amiga dela estavam me deixava mais preocupada; Por sorte elas estavam na varanda. Muitas pessoas ao redor, gritarias por socorro, meu filho serrando uma parte do portão para tirar o filho dele de lá...enfim a ambulância chegou e não maca, então pegaram um pedaço de madeira e amarraram a minha nora; a “ maca improvisada” ficava deslizando pra lá e pra cá, então a enfermeira ajoelhou-se no chão e segurou-a até o hospital. Ela foi encaminhada pro Apart, chegando lá tiraram um raio-x e descobriram que ela tinha quebrado quatro vértebras, isso tudo aconteceu na sexta-feira e ela só realizou a cirurgia no domingo. Um dia antes dela vir embora minha neta e meu neto foram visitá-la, e ela só de vê-las ficou boa rapidinho e veio embora. Com meu neto não aconteceu nada grave, graças a Deus!

      Nesse ano de 2014 ela teve que fazer outra cirurgia só que a lazer, mas depois de um tempão a demitiram falando que se ela tivesse numa cadeira de rodas teria mais chance de ficar do que andando. Mas hoje eles estão bem...e nossa família feliz.



(Texto baseado na entrevista feita com a minha avó Rosa Penha Simões da Rós.)

Professora: Márcia Maria Pichiner
Turno: Matutino
Escola: E.M.E.F “Eloy Miranda”- Fundão (ES)




Texto da Olimpíada de Língua Portuguesa

Superação
Nome: Nathália Ferreira Gustavo

        Hoje 84 anos se passaram, mas 1942 ficou marcado em minha memória.

    Em um dia de tarde começou uma chuva intensa na cidade de Fundão, porém ninguém achava que fosse terminar em uma tragédia.
     A noite chegou, todos nós fomos dormir como se fosse um dia de chuva normal, mas não era, já passara um pouco das dez horas e percebemos que seria uma das mais longas a passar. Fomos ver e nos deparamos com o rio transbordando, cidade enchendo d'água, casas encharcadas, pessoas correndo para todos os lados sem abrigo e com móveis perdidos de todos os lados..., as pessoas tentaram amenizar a situação mas não dava muito certo. Depois dessa confusão toda até que amanheceu, mas não terminou por ai a enchente durou mais muitos dias e claro bem difíceis, e a cada dia que passava nós víamos os estragos cada vez piores, como pontes caindo ou já caídas, estradas isoladas, muita destruição...
     Demorou...mas acabou! Deixou marcas que jamais seriam apagadas das memórias de várias pessoas, pois a cidade que já não era tão bonita havia ficado ainda pior.
     Não é um fato muito grande mas é uma coisa que marcou muito ver a cidade onde eu nasci e cresci tão traumatizada e assustada...
     As tardes iam e vinham, e tudo aquilo que fora estragado estava sendo concertado pelos trabalhadores, com dificuldade pra juntar todos os pedaços, mas tinham que fazer...demoraria um pouco mas valeria a pena, todos estavam esperançosos que aquilo não voltaria a acontecer.
1942 ficou para trás mas as memórias deixadas por ele e as lembranças jamais se apagarão.

(Texto baseado na entrevista feita com o Senhor Valdemar José Gustavo).

Professora: Márcia Maria Pirchiner.
Turno: Matutino
Escola. E.M.E.F. “Eloy Miranda” - Fundão-ES





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